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Vice-reitoria para Assuntos Acadêmicos

Pesquisa, Desenvolvimento e Extensão

Por Renata Ratton Assessora de Comunicação - Vice-Reitoria para Assuntos Acadêmicos
Rumo ao 6G

Com recursos de vulto e tecnologias de ponta, projeto do Centro de Estudos em Telecomunicações vai desenvolver conceitos, algoritmos e aplicações para redes de alta performance

O professor Rodrigo De Lamare coordena o projeto das redes 6G - Foto: arquivo pessoal


A sociedade da informação da próxima década já tem uma demanda urgente por serviços de de internet móvel de elevada qualidade e performance, com o crescimento substancial do tráfego por conta de aplicações usando vídeo 3D, realidade aumentada ou games de alta resolução. Terreno fértil para as pesquisas em comunicações 6G pela indústria e a academia.

"As redes de comunicações 6G deverão fornecer serviços de Internet sem fio em banda larga significativamente melhores do que as redes de quinta geração (5G), reduzir custos e permitir melhor integração com redes de satélite, privadas e locais", prevê o professor Rodrigo De Lamare, do CETUC do Departamento de Engenharia Elétrica, que vai coordenar, pelos próximos cinco anos, o projeto Redes de Comunicações sem Fio de 6ª. Geração: Novos Conceitos, Algoritmos e Aplicações.

Concentrado nas tecnologias habilitadoras das redes 6G, o projeto é financiado pelo Comitê Gestor da Internet, conta com dotação orçamentária de R$ 3 milhões e cooperação com o CPqD de Campinas. Além do coordenador, sua equipe é composta pelos professores Lukas Landau, também do CETUC, Veronica Belmega, da ESIEE - Universidade Gustave Eiffel, França, e Vítor Nascimento, da USP. Compreende ainda (e deve recrutar mais) 10 pesquisadores de pós-doutorado, cinco alunos de doutorado e cindo alunos de mestrado, todos da PUC-Rio.

De acordo com De Lamare, para melhorar a cobertura, o projeto contempla o desenvolvimento de arquiteturas de redes para sistemas 6G utilizando antenas distribuídas e processamento em nuvens distribuídas. Já para o aumento das taxas de transmissão e a redução do nível de interferência nas redes futuras, serão desenvolvidos sistemas de múltiplas antenas e mitigação de interferência.

Em caráter inovador, o projeto vai utilizar superfícies reflexivas inteligentes, contemplando metamateriais, em placas fixadas em fachadas ou paredes, de forma a alterar as propriedades dos canais de comunicações. "As superfícies inteligentes vão proporcionar melhor cobertura e serviços para os usuários, além de taxas de transmissão mais altas", esclarece De Lamare.

Para a correção de erros com melhor desempenho, em relação à codificação de canais, o projeto vai empregar códigos baseados na semântica das mensagens e em inteligência artificial. Quanto à alocação de recursos em redes 6G, o pesquisador destaca o desenvolvimento de algoritmos de otimização com redução da sinalização para redes, que resultará em melhores serviços, além de técnicas inovadoras de computação distribuída e federativa capazes de permitir o uso intensivo de computação e a realização de multitarefas pelos usuários.




Publicada em: 29/11/2023