Pesquisa, Desenvolvimento e Extensão
Formação continuada, capacitação em novas tecnologias e apoio à inclusão são os principais objetivos
“RAD lembra irradiar, rede, esse é o espírito”, comenta a Coordenadora Central de Graduação, professora Daniela Vargas, a sigla da nova Rede de Apoio ao Docente (RAD), recém-criada na Universidade.
Na RAD – que veio atender a demandas dos próprios professores – os núcleos participantes da Rede de Apoio ao Estudante (RAE) se somam à expertise da Coordenação de Educação a Distância (CCEAD) para levar formação em metodologias ativas de aprendizagem e suporte aos professores na lida com a diversidade característica do corpo discente. Em entrevista à assessoria de comunicação da Vice-Reitoria para Assuntos Acadêmicos, Daniela Vargas fala mais sobre o propósito e as atividades.
Quais os objetivos da Rede de Apoio ao Docente?
Daniela Vargas – Oferecer formação continuada de professores, capacitação no uso de novas metodologias e tecnologias e ferramental para trabalhar a inclusão de alunos com necessidades variadas, que vão das condições físicas aos transtornos de diversas naturezas.
A partir do momento em que verificamos que um número maior de alunos apresenta transtornos de aprendizado e questões emocionais, é preciso que os professores estejam preparados para lidar com essas situações em sala de aula.
Por outro lado, percebemos que os docentes constituem um canal, que os alunos se sentem próximos de alguns professores para levar a seu conhecimento questões emocionais que afetam o desempenho acadêmico. Muitas vezes, o professor detém a informação, mas não sabe a quem levar.
Então, a RAD tem esses dois braços: o primeiro, a formação docente, e o segundo, ainda em desenvolvimento, o apoio efetivo ao docente em casos diversos dos que já trabalhamos usualmente e para os quais já temos protocolos. No caso dos alunos com deficiência, oferecemos textos e provas ampliadas, acesso a softwares, textos em formato acessível, tempo extra para as provas e intérprete de Libras, entre outros. Alunos com transtorno de espectro autista, por exemplo, podem necessitar fazer trabalhos apenas individualmente. A relação do professor com seus alunos e o formato da aula devem considerar as características dos diferentes alunos e sua diversidade, e cada caso tem que ser tratado de uma forma muito particular.
A Rede de Apoio ao Docente foi uma consequência da Rede de Apoio ao Estudante (RAE)?
D. V – Sim, até porque, com a Rede de Apoio ao Estudante, passamos a ter a real dimensão da amplitude de necessidades dos alunos, que não se limitam a questões de acessibilidade ou aos transtornos de aprendizado mais comuns, como dislexia e TDAH. Os diferentes núcleos da RAE atendem um leque enorme de casos e a Universidade precisa auxiliar os professores a dar conta dessas especificidades.
Além disso, temos o desafio das novas metodologias ativas de aprendizagem, em que os docentes buscam capacitar-se para a utilização das ferramentas de ensino e de novas tecnologias em sala de aula.
A CCEAD vem fazendo a capacitação dos professores, primeiro em um curso de especialização; em seguida, passamos a oferecer uma formação docente para os recém-contratados; a partir daí, começamos a receber pedidos de professores veteranos para a formação nas novas tecnologias e metodologias ativas de ensino – sala de aula invertida, uso de projetos (PBL), ensino 360, entre outras.
Que núcleos da Universidade estão envolvidos?
D.V – Além dos núcleos da RAE – Núcleo de Apoio e Inclusão da Pessoa com Deficiência (NAIPD) Núcleo de Orientação e Atendimento Psicopedagógico (NOAP), Serviço Comunitário de Orientação Psicológica (PSICOM), Serviço de Orientação ao Universitário do CTC (SOU-CTC) e Serviço de Psicologia Aplicada (SPA) – a RAD conta com a Coordenação Central de Educação a Distância (CCEAD) para os cursos de formação.
De que forma os docentes poderão buscar suporte ou trabalhar em conjunto com a RAD? Há atividades em andamento?
D.V – Daremos continuidade às oficinas pedagógicas, com o apoio da CCEAD; haverá também uma página hospedada no site da Universidade para contato com os núcleos envolvidos. A ideia é facilitar o acesso do professor. Atualmente, o docente já pode buscar suporte, mas de forma fragmentada. A partir da RAD, além de um contato único, ele passa a receber as ferramentas para lidar com as diversas necessidades. Estamos dando um passo adiante.