Vice-reitoria para Assuntos Acadêmicos

Linda Sousa, Angela Randolpho Paiva, Nancy Guimarães e Ricardo Alencar no estande da PUC-Rio na NAFSA (reunião anual americana para encontro entre universidades), em Washington: mais de 80 encontros em três dias e meio - Foto: divulgação

Além das centenas de convênios e cooperações com universidades e centros de pesquisa de renome internacional, e de um corpo docente com vivência em mobilidade acadêmica - formado, inclusive, por professores nativos de outros países - uma política de internacionalização eficaz requer esforços incessantes para atrair o interesse e propiciar a vinda do alunado estrangeiro.

Isso passa não apenas pela divulgação internacional da Universidade e pelas diversas ações de acolhimento e integração, mas ainda pela elaboração de currículos de interesse técnico e acadêmico, e capazes de romper com as limitações do idioma. “Há alunos de excelentes universidades que não falam nada de português e nem têm curso de português em suas instituições, sublinha a professora Angela Randolpho Paiva, Coordenadora Central de Cooperação Internacional.

– A boa notícia é que os departamentos estão cada vez mais antenados para essa necessidade e houve um aumento significativo das disciplinas ministradas em inglês, 43 atualmente. Design, Arquitetura, Filosofia, Engenharia Industrial, Letras, Relações Internacionais estão entre áreas ofertadas.

Angela Paiva observa que os estrangeiros também estão preocupados em cursar um currículo que tenha equivalência com as universidades estrangeiras. “Há muito interesse pelas disciplinas gerais de apresentação do Brasil, de cultura, da história e de política, mas eles querem cursar créditos específicos para que possam aproveitá-los na conclusão de sua graduação. Devemos ter sempre essas duas vocações”.

Para Daniela Vargas, cursos em inglês e presença dos estrangeiros permitem uma experiência internacional para os alunos da PUC-Rio - Foto: arquivo pessoal

Disciplinas como História do Brasil ou as de Antropologia e Sociologia já estão sedimentadas, algumas disponíveis há mais de dez anos. A coordenadora da CCCI comenta que isso facilita em muito o planejamento e a montagem das grades para os estrangeiros, pois a coordenação sabe que poderá contar com esses cursos. “Precisamos de uma previsão para mais de um semestre, o ideal é termos uma previsão de um ano das disciplinas para que possamos divulgar e atender os interessados. A descrição do programa para material de divulgação também é muito importante para o convencimento dos alunos intercambistas”.

Além das disciplinas em inglês, a CCCI presta orientação e suporte aos alunos que chegam à PUC. Na integração com os estudantes brasileiros, destaca-se o Brother Carioca, um projeto voluntário pensado a partir de alunos da PUC-Rio – que retornaram de intercâmbios - para a integração dos alunos intercambistas e o fomento da internacionalização na Universidade. O Brother Carioca oferece trilhas, rodas de conversa, passeios a museus e feiras tradicionais, samba e até surf. “É nítido o aumento da integração entre brasileiros e estrangeiros após o Brother Carioca, verificamos isso nas aulas, nos trabalhos de grupo”, comenta a professora Daniela Vargas, Coordenadora Central de Graduação.

Nesse espírito, Daniela Vargas chama atenção para o fato de os cursos em inglês e a presença dos estrangeiros permitirem uma experiência internacional para os alunos da PUC-Rio, sem que saiam do país. “É bom lembrar que, mesmo nos programas que oferecem bolsa, muitas vezes é difícil para o aluno brasileiro custear as despesas de viver fora do país. Então, a presença dos estrangeiros em nosso campus e os cursos em inglês – muitos extensivos aos graduandos da PUC – permitem a vivência de uma diversidade internacional, cultural.

Por outro lado, a coordenadora destaca o desafio de estimular todos os departamentos da Universidade para que ofereçam, pelo menos, duas disciplinas distintas por ano, em semestres alternados.

– Nem todos os departamentos têm disciplinas em inglês, mas poderiam ter ou oferecer mais. É importante assinalar que há muitos docentes estrangeiros dando aula aqui, que até gostariam de ministrar cursos em seus idiomas.

A coordenadora de cooperação internacional, Angela Paiva, durante apresentação no primeiro contato presencial dos alunos internacionais com a equipe da PUC-Rio - Foto: divulgação