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Vice-reitoria para Assuntos Acadêmicos

Prêmios e Destaques Acadêmicos

Por Renata Ratton Assessora de Comunicação - Vice-Reitoria para Assuntos Acadêmicos
WorldStar Global Packaging Awards Student 2024

Embalagem biocompostável, desenvolvida por aluno de Artes & Design, é finalista em concurso que envolveu estudantes de 25 países

À esquerda: Tiago Vilela com o Prêmio ABRE da embalagem brasileira, em 2023; à direita: a pós o consumo, a embalagem dobrável é facilmente degradada no ambiente, além de ocupar pouquíssimo espaço - Fotos: divulgação


A inquietude com o impacto ambiental causado pelo descarte de embalagens de plástico motivou o designer Tiago Vilela, agora ex-aluno de Artes & Design, a desenvolver uma inovadora embalagem biocompostável para sucos orgânicos. O projeto foi finalista do WorldStar Global Packaging Awards - Student 2024, na categoria Bebidas.

A premiação, que, neste ano, recebeu inscrições de 25 países, é promovida pela World Packaging Organisation (WPO) e inclui projetos estruturais e de design gráfico. O concurso é aberto a estudantes que já receberam prêmios em seus países ou regiões. No caso de Vilela, um troféu de prata no Prêmio ABRE da Embalagem Brasileira 2023, na categoria Estudantes.

Orientado pela professora Claudia Kayat, Vilela escolheu trabalhar com a temática da sustentabilidade incomodado com a primazia do plástico no universo das embalagens de bebidas não alcoólicas: após seu descarte, ainda não é possível estimar, com precisão, quanto tempo o material levará para se degradar na natureza, mas se imagina um período superior a 400 anos. O designer lembra ainda a avassaladora ocupação territorial das embalagens plásticas nos aterros sanitários e em áreas clandestinas e irregulares.

“Isso fez com que, durante o meu projeto, eu procurasse alternativas mais ecológicas, que pudessem contemplar essas duas problemáticas. Foi assim que descobri o uso do papel de fibra de bambu juntamente com uma laminação de um bioplástico, o amido de milho”, explica Vilela. Segundo ele, atualmente, no universo das embalagens, já é possível encontrar copos utilizando a mistura, cujas vantagens se dão em dois aspectos: o material e o desenho da embalagem:

“Quanto ao material, ambos os componentes são biodegradáveis, fazendo com que o impacto ambiental da embalagem seja baixíssimo. Outro ponto relevante, mais focado na realidade do Rio de Janeiro, é que, ao ser jogada no lixo orgânico e destinada ao aterro sanitário, sua degradação será efetuada em poucos dias, com o uso adequado de materiais catalisadores”, informa.

Já quanto ao design da embalagem, Vilela observa que, mesmo sendo diferente das convencionais, ela tem manipulação intuitiva e permite que o usuário, ao terminar de consumir a bebida, possa dobrá-la de forma a que sua dimensão reduza drasticamente, permitindo que ocupe um espaço pequeno dentro dos lixos domésticos.

Como metas futuras, Vilela pretende mergulhar no design sustentável e aprofundar ainda mais a pesquisa em torno do projeto vencedor.




Publicada em: 22/02/2024