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Reforma de Domínios Adicionais traz flexibilidade, praticidade e clareza de projetos pedagógicos, oferecendo aos alunos de graduação experiências que vão expandir cultura, visão de mundo e oportunidades no mercado de trabalho
A reforma dos Domínios Adicionais (DAs) está na ordem do dia do contínuo projeto acadêmico de modernização de currículos e de oferta de disciplinas cada vez mais alinhadas com as necessidades de formação dos alunos de graduação.
Na execução do processo – gestado na Coordenação Central de Graduação e que prevê o lançamento de novos domínios e a reformulação de antigos –, estão Mônica Herz, professora do Instituto de Relações Internacionais e Vice-Decana Setorial de Pesquisa do Centro de Ciências Sociais, e Luiz Camillo Osorio, professor da Filosofia e Vice-Decano de Desenvolvimento e Inovação do Centro Teologia e Ciências Humanas.
Para quem não sabe, Domínios Adicionais são cursos sequenciais de complementação de estudos, que estão vinculados aos cursos de graduação e buscam atender às demandas atuais da sociedade por meio da educação continuada e especializada. Além de enriquecerem a formação, os DAs não incorporam tempo e nem custos ao curso, já que é possível usufruir das horas curriculares externas ao departamento. E têm como um plus o certificado.
– Com a reforma, todos os domínios passam a ter um projeto pedagógico a que os alunos terão acesso. Ao ler o projeto (uma coisa que não existia antes), o aluno vai entender os objetivos e a lógica interna desses domínios. Em segundo lugar, os domínios disponíveis a partir da próxima matrícula foram estruturados sem demandar pré-requisitos, em quase todos os casos, ou seja, os alunos poderão encaixar os DAs em suas grades. A Universidade montou esses cursos de forma a que o aluno consiga concluí-los em três semestres, informa Osorio.
Monica Herz destaca que a motivação foi justamente construir uma experiência educacional e curricular mais adequada aos cursos e ao mercado de trabalho contemporâneo, portanto, mais flexível e com mais opções:
– Através dos DAs, o egresso poderá se apresentar ao mercado com uma formação mais variada e fundamentalmente com uma formação interdisciplinar. Além disso, é fundamental dar aos alunos mais escolhas para montarem seus currículos. Quando fornecemos um cardápio de domínios bem estruturado, eles poderão escolher quando começar a cursar e quais domínios lhes interessam. Toda a graduação terá a possibilidade de fazer suas escolhas e de cursá-las de forma mais objetiva e orientada.
Para Osorio, essa formação inter ou transdisciplinar qualifica a formação básica do aluno tanto no sentido de uma maior especialização no campo de atuação profissional como de uma melhor articulação entre o campo de trabalho e as áreas de interesse pessoal, e campos e ordens de conhecimento. “É uma articulação tanto vertical quanto horizontal. A ampliação do leque formativo em conjunto com o aperfeiçoamento do processo formativo”, sublinha.
A Coordenadora Central de Graduação, professora Daniela Vargas, reforça que o objetivo é oferecer, ao mesmo tempo, habilidades que podem ser aplicadas na experiência profissional posterior e percepções mais amplas do universo em que a atividade profissional vai se inserir.
Em termos da criação de domínios, Monica Herz focou em fomentar a interdisciplinaridade em grupos de pesquisa que já envolviam alunos e professores em temas transversais, tais como Estudo da Cidade, Estudo Contemporâneo sobre infância e América Latina.
– A ideia foi desenvolver novos domínios partindo dessa interdisciplinaridade presente na PUC e no mundo das redes, o que contribui para a formação e orientação dos alunos. Isso foi uma iniciativa para justamente atualizar o processo de formação, visto que a Universidade está nesse processo. O corte interdepartamental aumenta a comunicação entre os pontos, esclarece a Vice-Decana, chamando a atenção para a peculiaridade da PUC em associar pós-graduação e graduação, pesquisa e ensino.
De acordo com ela, os domínios emergem em grande medida como uma possibilidade a mais para que a experiência de pesquisa dos professores ganhe expressão no ensino da graduação, com os alunos aproveitando, ainda mais, o fato de disporem desses professores-pesquisadores. Osorio acrescenta que os Domínios Adicionais podem servir, inclusive, como base para uma pós-graduação.
– Isso acaba justamente fomentando no aluno algo que já existe, digamos assim, naturalmente, no campus, na medida em que os alunos se encontram nos pilotis, no bosque, sendo das Engenharias ou do Direito. Eles têm esse ponto de encontro e isso acontece também no campo educacional. A interação tem que se tornar cada vez mais produtiva educacionalmente falando – reflete.
Além das vantagens mencionadas, Daniela Vargas salienta que os Domínios Adicionais trazem a possibilidade de o futuro profissional se apresentar ao mercado de trabalho como alguém com habilidade e interesses diversos:
– É a Universidade dando ao aluno a possibilidade de se apresentar ao mercado de trabalho como uma pessoa mais criativa, como alguém que tem habilidades e interesses diversos, uma pessoa que não está limitada à sua graduação, o que é cada vez mais bem visto pelo mercado. Os Domínios Adicionais aquecem e enriquecem a formação do aluno. Da mesma forma que o futuro profissional vai se descobrindo durante um estágio, os DAs também podem entrar nessa descoberta, nesse autoconhecimento.
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