Prêmios e Destaques Acadêmicos
Alunos da Administração conquistam primeiro e segundo lugares do Prêmio Ser Humano, confirmando o prestígio dos trabalhos acadêmicos da Universidade na área de Recursos Humanos
Os alunos Lígia Coelho Francisco Martins e Gustavo Barros Maciel da Silva, seguidos de sua orientadora, professora Patricia Itala Ferreira, e da professora Léa Mara B. Assaid, representando a Escola de Negócios da PUC-Rio - Foto: divulgação
Os trabalhos de conclusão do curso de Administração Gestão de Pessoas e a Geração Z: práticas mais valorizadas e Segurança psicológica para pessoas LGBTQIA+ nas empresas obtiveram, respectivamente, o primeiro e o segundo lugares na categoria Melhor Trabalho Acadêmico do Prêmio Ser Humano, oferecido pela Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH).
O prêmio é um reconhecimento às organizações e estudantes que tenham realizado contribuições diferenciadas e inovadoras para a evolução da gestão de pessoas como área do conhecimento e de desenvolvimento humano e empresarial. Sua entrega foi realizada no dia 23 de novembro, no ExC do Jockey, Rio de Janeiro.
A PUC-Rio é a universidade que conquistou mais prêmios Ser Humano. Desde 2010, quando foi criada a categoria trabalhos acadêmicos, teve alunos vencedores por cinco vezes; dos cinco prêmios, três foram dados a orientandos da professora Patrícia Itala Ferreira, que orientou, também, os atuais vencedores.
Gestão de Pessoas..., de Gustavo Barros Maciel da Silva, buscou identificar as práticas de gestão de pessoas mais valorizadas pela geração Z, a mais jovem a ingressar no mercado de trabalho e a primeira a nascer com a tecnologia em estágio mais avançado, o que influencia diretamente no seu comportamento, inclusive no ambiente organizacional.
– No estudo da Administração, a área que sempre mais chamou minha atenção foi a de Gestão de Pessoas e eu quis abordar, em meu Trabalho de Conclusão de Curso, um tema atual. Considerando que uma preocupação comum dos gestores é atrair e reter colaboradores, sendo a alta rotatividade prejudicial para as organizações, resolvi investigar quais são os fatores que mais atraem uma pessoa a trabalhar em determinada empresa ou a permanecer nela. Para dar mais foco à pesquisa de campo, optei por realizá-la com os integrantes da geração Z, jovens que estão ingressando no mercado de trabalho e que, muito em breve, serão a maioria no mercado de trabalho – observa o aluno.
Segundo o estudo, é importante entender as características e comportamentos desses jovens para que as empresas consigam identificar e desenvolver meios eficazes de atrair e reter os novos talentos. Para isso, foi realizada uma pesquisa de campo com cerca de 150 integrantes da geração Z. “Como resultado identificou-se que valorizam a perspectiva de crescimento profissional e a qualidade de vida no trabalho, sem renunciar a uma boa remuneração”, observa o autor.
Segurança psicológica para pessoas LGBTQIA+..., da aluna Lígia Coelho Francisco Martins, trabalhou com a percepção dos integrantes dessa comunidade sobre os impactos das políticas e práticas de diversidade em sua segurança psicológica no ambiente de trabalho.
– A diversidade sempre foi muito importante para mim e, quando chegou o momento da escolha do tema do meu Trabalho de Conclusão de Curso, eu sabia que gostaria de pesquisar sobre as dificuldades ainda enfrentadas pelos grupos minorizados. Foquei nas pessoas LGBTQIA+ por fazer parte da comunidade e porque tinha interesse em entender o impacto das práticas formais de diversidade na segurança psicológica dos trabalhadores integrantes da comunidade – pontua a autora.
A pesquisa de campo foi realizada através de entrevistas com dez colaboradores de empresas de diversos ramos da cidade do Rio de Janeiro. A partir dos resultados do estudo, identificou-se que ainda há grande receio por parte da comunidade em sofrer preconceitos de seus colegas e superiores. De forma unânime, constatou-se que as políticas de diversidade não são suficientes para que os trabalhadores do grupo se sintam psicologicamente seguros nas organizações.
Sobre o prêmio:
Instituído pela ABRH-Brasil em 1993, o Prêmio Ser Humano Oswaldo Checchia – um dos fundadores da ABRH Brasil e grande articulador para o reconhecimento da área de Recursos Humanos como estratégica nas organizações – se consolidou como instrumento de valorização das melhores iniciativas dedicadas ao desenvolvimento das pessoas dentro e fora das organizações, assim como de estímulos ao pensamento criativo e identificação de novos talentos. Sua avaliação é feita por comissões constituídas pela ABRH-RJ, observando critérios preestabelecidos pela entidade.
O evento de premiação contou com a presença de aproximadamente 200 convidados, entre eles, presidentes e executivos de empresas, organizações do terceiro setor e de universidades, membros da ABRH-Brasil, além de muitos profissionais representativos da área de RH do Rio de Janeiro.