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Vice-reitoria para Assuntos Acadêmicos

Ensino, Pesquisa e Desenvolvimento

Por Renata Ratton Assessora de Comunicação - Vice-Reitoria para Assuntos Acadêmicos
Rede de Apoio ao Docente realiza sua primeira oficina de práticas pedagógicas

Objetivo é estimular cada vez mais docentes a adotar aprendizagem ativa em sala de aula

Aula expositiva e atividades em grupo na Oficina de Inovação em Práticas Docentes - fotos: Divulgação CCEAD


A primeira Oficina de Inovação em Práticas Docentes sob a coordenação da Rede de Apoio ao Docente (RAD), realizada no auditório da Coordenação Central de Educação a Distância, constituiu um pré-lançamento da RAD, que também vai buscar ampliar o suporte à lida e às relações interpessoais com os alunos, em especial os com necessidades especiais.

De acordo com a Coordenadora Central de Graduação, professora Daniela Vargas, que abriu o encontro, a iniciativa da capacitação começou com os docentes recém-contratados e cresceu, por demanda, para uma formação continuada dos professores que já lecionam, mas que querem ter mais segurança de trabalhar com metodologias ativas e práticas inovadoras.

– No fundo, é uma educação colaborativa porque queremos ver as melhores práticas e de que maneira conseguimos nos libertar dos modelos antigos. Acho que essas oficinas visam não só apresentar conteúdo, mas, numa formação pelos pares, dar segurança de que as práticas realmente funcionam. Neste sentido, os professores são agentes multiplicadores – observou Daniela.

A primeira oficina ficou a cargo de Leila Vilela, do SOU-CTC, núcleo integrante da rede, e abordou as metodologias ativas de aprendizagem, que funcionam como ferramentas voltadas a auxiliar o aluno a pensar criticamente e a participar mais das aulas discutindo, debatendo, solucionando problemas e até mesmo auxiliando os colegas.

– Esse protagonismo também poderá ser estimulado a partir de diferentes linguagens, a exemplo de recursos de mídia - observou a professora Gilda Campos, coordenadora da CCEAD.

Três aspectos da formação prática foram abordados: o ‘aprender ouvindo”, a aula expositiva clássica, modelo inicial de transmissão de conhecimento; o ‘aprender falando’, que propõe a argumentação e o diálogo, onde a pesquisa é também fundamental; e o ‘aprender fazendo’, que trata da aprendizagem experiencial baseada na pesquisa prática e vale tanto para o professor quanto para o aluno.

– No aprender fazendo, o foco sempre deve estar na interação entre o professor e o aluno e dos alunos entre si. A mediação do professor vai fazer com que os alunos possam se mover do concreto para o abstrato e retornar para o concreto, já com critérios adquiridos como a lógica e a argumentação. Algumas estratégicas, como a aprendizagem cooperativa, podem ser usadas em todas as aulas, o que significa a realização de uma tarefa por um pequeno grupo - colocou Leila Vilela.

Segundo ela, não se trata de um trabalho em grupo. A aprendizagem cooperativa estimula a geração de ideias, a reflexão, e trabalha com a capacidade do grupo de se auto-organizar, de distribuir papéis, onde o mais importante é que o grupo dialogue e chegue a uma conclusão de consenso. “A sala de aula invertida, por exemplo, aproveita o tempo de aula presencial, enquanto possibilita ao aluno ser agente de sua própria aprendizagem e fazer as conexões mentais necessárias para que isso ocorra”.

As estratégias de aprendizagem ativa são distribuídas por complexidade e comprometimento do tempo para uso em sala de aula. Durante o workshop, para efeito de demonstração, Leila utilizou um dos vários programas que registram e contabilizam as respostas dos alunos em tempo real. “ O professor pode ter feedback imediato do que os alunos estão compreendendo a respeito de algum conceito. A discussão das respostas envolve toda a turma”.

De acordo com coordenadora do SOU-CTC, pequenas estratégias de aprendizagem podem ser utilizadas pelos docentes ao longo de qualquer aula:

– Metodologias ativas mobilizam o aluno em torno de problemas, questões que vão motivá-los a procurar respostas, informações e isso mobiliza o potencial intelectual, faz com que ele se torne mais participativo e, principalmente, ganhe mais autonomia, o que, no final das contas, é o que se espera do profissional do futuro.

Uma dinâmica de discussão e persuasão, utilizando o Teste de Conceito, elaborado pelo educador holandês Eric Mazur, encerrou as atividades do workshop. A proposta é de que o aluno tenha 1 minuto para responder a uma determinada pergunta relacionada ao conteúdo, a partir da qual o professor será capaz de avaliar a dificuldade do aluno ou de toda a turma.

Depois de respondida a pergunta, o professor lança o conceito para que os alunos discutam e repensem suas respostas. Em seguida, as repostas são apresentadas para todo o grupo.

Rede de Apoio ao Docente e suas atividades - Na RAD, que veio atender a demandas dos próprios professores, os núcleos participantes da Rede de Apoio ao Estudante (RAE) se somam à expertise da Coordenação de Educação a Distância (CCEAD) para levar formação em metodologias ativas de aprendizagem e suporte aos professores na lida com a diversidade característica do corpo discente. No âmbito da RAD, também serão realizadas oficinas que visam trabalhar situações vividas no dia a dia da sala de aula, assim como questões éticas e práticas pedagógicas. A seguir, a programação dos próximos encontros.

Oficinas de práticas pedagógicas no ensino superior:

Objetivos:

  • Ser um espaço de reflexão e troca de experiências docentes em sala de aula.
  • Refletir sobre a diversidade do corpo discente da PUC-Rio e sobre a ética na atuação dentro e fora da sala de aula.
  • Avaliar como lidar com tensões na prática docente na Universidade.
  • Oferecer subsídios para a reflexão sobre diferentes práticas para a sala de aula.

As oficinas estão programadas para as quartas, das 17h às 19h30m, e estruturadas em cinco encontros, a saber:

1º encontro: 15/05 - Práticas motivacionais na sala de aula.
2º encontro: 22/05 - Diversidade, inclusão, preconceito e estereótipos.
3º encontro: 29/05 - Saúde mental e bem-estar na universidade.
4º encontro: 05/06 - Cognição e aprendizagem.
5º encontro: 12/06 - Relatos de experiências.

Para participar, o docente deverá enviar um email para rae@puc-rio.br informando nome, número de matrícula, departamento e questões que gostaria de discutir. As inscrições poderão ser feitas até o dia 10 de maio.




Publicada em: 02/05/2019