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Prêmios e Destaques Acadêmicos

Por Renata Ratton Assessora de Comunicação - Vice-Reitoria para Assuntos Acadêmicos
Ana Percebom, da Química, recebe Prêmio Hans Viertler para Jovens Cientistas, da SBQ, por conjunto de estudos independentes

Para a pesquisadora, prêmio homenageia todas as mulheres cientistas que, além da múltiplas jornadas, abrem mão de escolhas pessoais para fazer ciência de qualidade


Por seu trabalho de pesquisa independente, a professora Ana Percebom, da Química, recebeu o Prêmio Hans Viertler para Jovens Cientistas, conferido pela Sociedade Brasileira de Química (SBQ). O prêmio é decorrente de um conjunto de estudos realizados e, segundo a pesquisadora, uma importante comprovação de sua positiva atuação acadêmica. A cerimônia virtual foi realizada no dia 24 de novembro, na reunião Anual da SBQ.

– No meu grupo, o M&N Lab, nós acreditamos que a ciência básica e a ciência aplicada são igualmente importantes, e que a físico-química de coloides é um caminho que ambas percorrem juntas. Por isso, nossas pesquisas visam compreender fenômenos físico-químicos, para, então, aplicá-los em diversas áreas, sendo as principais cosméticos, petróleo, nanomateriais, catálise e diagnósticos.

Pessoalmente, segundo ela, o prêmio mostra que está seguindo o caminho certo, fazendo um trabalho relevante para a sociedade e sendo reconhecida por toda a comunidade de Química. Para Percebom, esse também é o momento de romper com rótulos conservadores sobre a figura dos cientistas. Em seu discurso (assista aqui), lembrou os desafios ainda enfrentados pelas mulheres cientistas:

– As mulheres acumulam jornadas, além de se verem em situações em que precisam tomar decisões que não seriam desafios caso fossem homens. Por outro lado, no imaginário das pessoas, o cientista é sempre é um homem de meia-idade e com cara de louco – observa, sublinhando que o seu real papel do cientista é aplicar os conhecimentos para auxiliar nas transformações sociais. “Cientista não tem cara definida. Pode ser mulher, jovem, o que for, basta ter curiosidade para querer entender o mundo e usar este conhecimento para ajudar a sociedade”. A pesquisadora conta que fez escolhas pessoais e abriu mão de muitas coisas para conseguir se dedicar como gostaria à pesquisa.

– Geralmente, são sacrifícios que não fazem diferença na carreira dos homens. Não me arrependo das minhas decisões, mas espero que um dia isso também não faça diferença na carreira das mulheres, e que muitas outras venham a receber este prêmio. E é por isso que, na cerimônia, dediquei o prêmio a todas minhas colegas mulheres cientistas que se desdobram e ainda fazem Ciência de qualidade.

Ainda em sua fala, Percebom se disse em emocionada com o reconhecimento e honrada em estar ao lado de pessoas que admira, premiados de outras categorias como seu orientador de doutorado e alguns professores da sua época da graduação; “mas o mais importante, para mim, é que esse prêmio seja uma inspiração para outras mulheres e jovens pesquisadores e motivo de um maior incentivo para a ciência”.


Assistir o vídeo do discurso de Ana Percebom




Publicada em: 02/12/2021